quarta-feira, 1 de maio de 2013

O Conde de Monte Cristo - Alexandre Dumas...




Esse é o segundo livro da Coleção Clássicos da Literatura Juvenil e o décimo quarto de O Prazer da Leitura.

Essa é a história de Edmond Dantès, marinheiro do Pharaon, que na véspera de se tornar capitão do navio, e durante sua festa de noivado é preso injustamente como conspirador bonapartista. Depois de 14 anos de prisão ele consegue fugir e descobre o plano engendrado para mandá-lo para a prisão e roubar-lhe a mulher amada.

O enredo se desenrola na França do começo de 1800, época da queda do rei, ascensão e queda de Napoleão e restituição do trono francês ao rei Luis XVIII. A trama circula entre os principais personagens Dantès o marinheiro injustiçado que ressurge como Conde de Monte Cristo para se vingar de seus inimigos, Danglars o guarda-livros invejoso, Fernand o traiçoeiro rival de Edmond Dantès, Mercedes a Amanda de Dantès que se casa com Fernand, Morrel o dono do navio em que Edmond trabalha e Villefort o procurador do rei cujo o pai era bonapartista e que tinha que esconder a verdade, por isso manteve o pobre Edmond preso.

Além do fundo histórico, onde o rei Luis persegue todos o bonapartistas, e serve como motivo de prisão de Dantès, o romance é recheado de temas como injustiça, vingança, traição, amor, ódio, morte, perdão, sabedoria, fortuna, desgraça e redenção. Ingredientes que fazem desse livro de Dumas uma obra de grande sucesso.

Eu consegui participar junto com Dantès e sentir toda a injustiça cometida, a angústia de estar preso sem saber porque ou sem previsão de saída, e dor da descoberta das traições engendradas. Mesmo achando que os inimigos do narrador mereciam a punição, pude sentir também o vazio que toma conta da gente depois de uma vingança bem sucedida. A vingança é um prato que se come frio, mas as vezes perde um pouco o sabor. Como Dantès, fiquei na dúvida se a vingança excedeu demais o propósito.

Aos que acham que bestseller não podem virar clássicos, fica um exemplo. O livro foi publicado em formato de folhetim semanal entre 1844 e 1846 e devido a grande acolhida ainda em 1946 foi publicado em livro e traduzido para o inglês, coisa rara para época. Logo que foi lançado tornou-se o mais vendido e discutido da literatura francesa.



O autor
Seu nome de batismo era Dumas Davy de la Pailleterie. Nasceu em julho de 1802 na França, teve uma infância difícil depois da morte do pai e aos 21 anos foi trabalhar como copista do Duque de Orleans (futuro rei Luis Felipe) em Paris. Seu primeiro sucesso foi no teatro aos 27 anos com a peça Henrique III. Porém seu verdadeiro reconhecimento veio aos 41 ano quando escreveu os romances “Os Três Mosqueteiros” e “O Conde de Monte Cristo”. Ganhou muito dinheiro, mas gastava com a mesma velocidade. Era um grande mulherengo e teve 3 filhos desses relacionamentos, um deles o escritor Alexandre Dumas Filho. Morreu de enfarte aos 68 anos em Puys, na França. Hoje descansa no Panteão Francês, mausoléu onde estão enterrados grandes escritores franceses.

Obras principais:
Les Trois Mousquetaires (Os Três Mosqueteiros)
La Tulipe Noire (A Tulipa Negra)
Vingt Ans Après (Vinte Anos Depois)
La Reine Margot (A Rainha Margo)
Le Comte de Monte Christ (O Conde de Monte Cristo)
Comtesse de Charny (A Condessa de Charny)
Les Frères Corses (Os Irmãos Corso)

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